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domingo, 6 de fevereiro de 2011

WEBQUEST

WEBQUEST: UMA NOVA METODOLOGIA OU UMA METODOLOGIA POUCO CONHECIDA?

Russiane da Costa Caxias

"O único lugar onde se pode pensar em educação sem INTERNET é em um nonastério, onde se aprende olhando para si mesmo e meditando".

( Bernie Dodge)


O advento do século XXI traz a lume acaloradas discussões acerca das variadas áreas do conhecimento. No campo da educação não poderia ser diferente. Precisamos urgentemente rever nossas teorias, construir outras, romper com paradigmas, (re) construir conceitos e introduzir em nosso repertório metodológico práticas pedagógicas que respondam aos anseios de um corpo discente bem mais dinâmico. O presente artigo tem por objetivo apresentar aos educadores uma metodologia de pesquisa orientada a partir do uso da Internet denominada WebQuest.

Para muitos, WebQuest pode ser uma palavra nova, mas ela já se faz presente como metodologia desde 1995 quando foi desenvolvida pelo professor norte americano Bernie Dodge. Alguns anos depois essa prática passou a ser incorporada por educadores do mundo inteiro. Particularmente, passei a conhecer a proposta da WebQuest a partir da minha experiência como regente de laboratório de informática. Era preocupante ver os alunos chagarem ao laboratório somente como o tema da pesquisa e nada mais. Eles limitavam-se apenas a copiar o conteúdo encontrado em um site de busca e não realizavam nenhuma reflexão sobre tal proposta. A partir desse contexto, surgiu a necessidade de apresentar aos professores uma proposta diferente de utilização da web como fonte de pesquisa.

Mas na verdade o que é uma WebQuest?

Podemos dizer que a WebQuest é uma metodologia de pesquisa elaborada e orientada pelo professor, mas realizada pelos alunos que buscam cumprir, organizados em grupos, determinada tarefa a partir da utilização da internet.

Para a criação da WebQuest o professor deverá dispor de algum conhecimento de informática, já que ele pesquisará previamente o tema para poder indicar o caminho que a pesquisa irá trilhar. Este tema será apresentado aos alunos de maneira estruturada e levando-se em consideração as seguintes componentes:


INTRODUÇÃO: Consiste em um texto com linguagem objetiva e que exponha o tema que os alunos terão que investigar .


TAREFA: É considerada a ''alma'' da WQ. Deve ser uma atividade motivante e que envolva, normalmente, a representação de papéis. Nesta etapa é apresentado o que se espera do aluno.


PROCESSO: Descreve a dinâmica da atividade a partir das etapas propostas. Orientando o que os alunos precisam fazer para atingir o objetivo principal.


RECURSOS OU FONTES: É a referência dos sites, livros, vídeos, músicas, etc


AVALIAÇÃO: Tem por objetivo informar como os alunos vão ser avaliados.


CONCLUSÃO: Deve ser apresentada de maneira objetiva, breve e simples. Ela resume os assuntos explorados e indica os caminhos de como os alunos podem prosseguir em suas investigações sobre o tema.


CRÉDITOS: Apresenta todas as fontes e materiais utilizadas na WQ.


Outro aspecto importante da WQ é a maneira de apresentação e divulgação dessa metodologia. O professor pode utilizar desde páginas na web até programas como o Word ou Powerpoint.


Atualmente a WebQuest apresenta-se como uma alternativa metodológica motivante para o corpo discente. Além disso, possibilita ao aluno construir o seu próprio conhecimento, indo além da cópia das informações encontrada na web. Não podemos fechar os olhos e para as novas tecnologias. Pelo contrário, deveremos utilizá-las em nosso favor e mostrar para os alunos que a internet vai além do Orkut, msn ou sala de bate-papo.


Por fim, espero ter estimulado a curiosidade dos leitores para conhecerem um pouco mais sobre essa rica metodologia. Para isso, deixo como sugestões as seguintes referências:


Bibliografia:

ABAR, Celina Aparecida de Almeida Pereira; BARBOSA, Lisbete Madsen. WebQuest: um desafio para o professor. São Paulo: Avercamp, 2008.

MORAN, J. M. Mudar a forma de ensinar com a internet. In:MORAN, J.M.; MASETTO, M.; BEHRENS, M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2001.

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