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terça-feira, 19 de junho de 2018

CINE COACHING - Conversando com Deus


Resenha do Filme Conversando com Deus
Por: Emília Carvalho - Coach 


Este filme é uma adaptação do livro de Neale Donald Walsch, “Conversando com Deus”, o qual narra  conta a história de quando, no pior momento de sua vida, Walsch (Henry Czerny), fez a Deus algumas perguntas bem difíceis. Ao contar sua própria história, Walsch conseguiu  inspirar e transformar a vida de muitas pessoas.
O ator principal sofreu um acidente de carro e quebrou o pescoço, começando assim um estado de decadência financeira e espiritual. Não conseguia mais prover seu sustento, chegando ao ponto de mendigar, se sentindo cada vez mais fracassado, o que faz crescer sua raiva e amargura, mesmo capacitado para retomar suas atividades foi duramente rejeitado em todas as situações onde procurou emprego e ajuda por esses motivos o mesmo passou a questionar a existência de Deus.
Em um determinado dia, naqueles que a sorte nos olha e sorri, Neale encontra um jornal de empregos e liga para um classificado, neste momento ele encontra uma Coah, uma funcionária da rádio, chamada Leara, passa então a uma brilhante atuação ressignificando sua vida, ajudando-o com conselhos e sugestões. O filme retrata algumas questões cruciais para o embasamento de uma sessão de Coaching e também para a formação do Coach, dentre elas as perguntas poderosas: O que realmente importa, quais são as formas de ver a vida que trazem felicidade e plenitude?  Qual nossa missão nessa vida? Qual o significado de nossas experiências, de nosso sofrimento e de nossa alegria?
Ao se questionar sobre o que seria necessário ele fazer para ter a vida que tanto deseja e começa a ter uma grande intimidade com Deus e a ouvir Sua voz. Ele começa então a escrever um livro sobre seus “encontros com Deus” e coloca o título de Conversando com Deus e mais tarde consegue publicá-lo e se torna um palestrante, retomando assim sua vida e seguindo seu caminho e tomando suas decisões baseado naquilo que é melhor para si mesmo (autoconhecimento). A “voz” faz alusão ao fato de que todos têm as respostas de seus problemas dentro de si mesmo. Daí a importância da busca por mudar o mundo (Vida Significativa) com o compartilhamento das vivências de Neale, bem como o valor de sua gratidão por aqueles que o ajudaram a ter sucesso.

NICHOS DE ATUAÇÃO DE COACHING


Por Emília Carvalho

No decorrer do curso e mediante algumas pesquisas, identificamos que o mercado de coaching é basicamente dividido em Personal Coaching (Coaching Pessoal), Life Coaching (Coaching de Vida) e Executive & Business Coaching (Coaching Executivo e de Negócios).
 José Roberto Marques, em seu artigo “Quais os Tipos de Nichos de Coaching”, esclarece que Coaching Pessoal, Personal Coaching e Life Coaching são modalidades similares de Coaching, onde um profissional atua junto com seu cliente e Executive and Business Coaching está relacionado ao mundo corporativo, desenvolvimento de empresas, organizações e pessoas em cargos de liderança.
Ressalta que o coaching é uma ferramenta flexível e pode ser adaptada a qualquer nicho, que então o coach pode atuar como: Coach de Relacionamentos; Coach de Família; Coach de Atletas; Coach de Adolescentes; Coach de Crianças; Coach de Sucesso; Coach de Comunicação; Coach de Vendas; Coach de Liderança; Coach de Negócios; Coach de Carreira, Coach Espiritual; Coach de Gestores; Coach de Orientação Profissional, Coach de Planejamento; Coach para Emagrecimento, Coach das emoções, Coach Espiritual, Coach de Férias, dentre inúmeros outros.
Importa saber que independente do nicho de atuação, o coaching é um processo que visa a aumentar o desempenho de um indivíduo, trazendo efeitos positivos, utilizando-se de técnicas, ferramentas e metodologias conduzidas por um profissional em uma parceria sinérgica e dinâmica entre as partes. Felicidade, realização e satisfação profissional estão alinhadas com fazer o que se gosta. Olhar para dentro de si e entender as próprias motivações, habilidades e limitações, e analisar se estas estão coerentes com os objetivos de vida pessoal e profissional é o primeiro fundamento associado ao processo de coaching.
As pessoas, os clientes, em determinados momentos da vida, podem se encontrar em momentos com ausência de propósitos e não se sentirem realizados, assim, hora ou outra, irão procurar por um Coaching de Vida, buscando evoluir pessoalmente, identificar seus talentos e habilidades, descobrir sua missão de vida, encontrar o equilíbrio pessoal e profissional, de forma a mais viver integralmente, dai a necessidade de estarmos prontos para ajudá-los, enquanto coaches, preparados em um nicho de atuação especifica ou de um modo geral.

COACHING


Emília Carvalho - Life Coaching

A partir dos vários conceitos abordados, percebe-se que o coaching é uma metodologia que valoriza a ação, foco e resultados, ênfase nos processos de aprendizagem e desenvolvimento e aprimoramento de competências. O coaching é um processo no qual coach e coachee identificam objetivos, traçam metas e estabelecem os pontos que indicarão o sucesso. O coach, através do uso das suas técnicas e habilidades, presta assessoria, estimula, apoia e acompanha todo este processo, de modo a garantir que o rumo definido durante as sessões com seu cliente seja seguido e que obstáculos que possam surgir no caminho sejam superados.
Coaching é, ainda, um processo de autoconhecimento, por meio do qual o Coachee identifica pontos fortes e pontos de melhoria e ainda desenvolve novas competências e habilidades, que o ajudarão na concretização de seus objetivos. Além disso, o Coachee aprende a reconhecer e superar obstáculos e adversidades, desenvolvendo uma postura mais positiva frente às dificuldades. Desta forma podemos considerar que a essência do coaching é ajudar o indivíduo a resolver seus problemas e a transformar o que aprendeu em resultados positivos para si e para a equipe a qual lidera. Assim, seu aprendizado é ampliado para seu grupo de trabalho e, daí, para a coletividade organizacional (O’NEIL, 2001).
Ouvir na essência é uma disposição interna de nos desligarmos de nós, da nossa história e das nossas crenças e nos conectarmos profundamente com o outro, entrando em seu mundo e, por alguns instantes, perceber o mundo pelos seus sentidos, gerando rapport, ou seja, uma conexão ou sintonia entre líder e liderado que faz aumentar a confiança e o compromisso, permitindo o desenvolvimento de um bom trabalho.
Podemos concluir que essas habilidades adquiridas com o coaching ajudam a compreender as pessoas, podendo auxiliar em resolução de conflitos, tanto na vida pessoal ou profissional, seja no sentido de convivência com as pessoas ou no modo de ver a realidade, seja nas tomadas de decisões ou no aprimoramento dos talentos e das competências. A produtividade aumenta, melhora a qualidade dos relacionamentos interpessoais, desenvolve responsabilidade de liderança, aprimora a comunicação e a desempenho profissional, dentre outros benefícios.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

#BaleiaAzul🐳🐳#Paisausentes?#filhosinvisíveis?#

#BaleiaAzul🐳🐳#Paisausentes?#filhosinvisíveis?#

Vamos aproveitar a onda da Baleia Azul 🐳 para tomarmos as rédeas da vida de nossos filhos e ficar por dentro de tudo que acontece na vida deles. Vamos ser amigos e estar abertos ao diálogo, mas também vamos exercer a nossa autoridade de pais e cumprir com a nossa responsabilidade de proteger ...
de acordo com a Lei maior, a Constituição Federal 1988 ... Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (…)
A riqueza deste artigo traz muitas possibilidades de reflexão. Ele sinaliza claramente, nessa expressão, que os direitos da criança e do adolescente são de responsabilidade das gerações adultas. A família, a sociedade e o Estado são explicitamente reconhecidos como as três instâncias reais e formais de garantia dos direitos elencados na Constituição e nas leis. A referência inicial à família explicita sua condição de esfera primeira, natural e básica de atenção.

Por outro lado, cabe ao Estado garantir condições mínimas para que a família exerça sua função, para que não recaia sobre ela toda a responsabilidade e ônus. A palavra assegurar significa garantir, e garantir alguma coisa é reconhecê-la como direito.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Hipervalorização da criança pela mídia, pela família e pela sociedade.

#reflexãopedagógicaepsicopedagógica#
Vivemos em tempos de hipervalorização da infância tanto pela mídia quanto pretensamente pela família e pela sociedade.
 Estamos colocando nossas crianças em um trono?

vamos conhecer um pouco mais dessa temática com
pediatra Daniel Becker criador da Pediatria Integral: um conceito de que a criança precisa ser vista de forma mais abrangente.
 entrevista:

1.  Você diz que um dos pecados contra a infância é a “entronização”. O que isso significa?
Mas na verdade a infância é desvalorizada naquilo que ela tem de real, na sua essência. Um dos fatores que explica esse paradoxo é a falta de intimidade e de convivência entre pais e filhos por causa das questões da vida moderna. E quando estão juntos, os pais não conhecem essas crianças, não sabem lidar com elas. Estão estressados com os seus trabalhos, estão viciados nos seus telefones e não querem também se submeter à desaprovação social de uma criança que chora ou se comporta mal. Acaba que essa criança não tem direito de se manifestar de forma negativa, que faz parte do comportamento infantil. Ela não pode fazer uma birra, dizer “não”, chorar, explorar seus limites de atuação no mundo. Como os pais não sabem lidar com essas situações, a criança acaba tendo todos os seus desejos realizados, não lhe colocam limites, não lhe dizem que ela tem que lidar com a frustração. A gente quer calar a qualquer custo o mal estar. Então para parar com o chilique, a gente acaba cedendo. Ao invés de aprender as regras de convivência, a criança passa a ser uma rainha que dita as normas, os programas, os horários.

2.  E o pecado que você chama de “superproteção da infância”?
A superproteção é impedir que as crianças tenham suas próprias experiências. A gente está presente o tempo todo, aquilo que os americanos chamam de “helicopter parent”, pais que ficam flutuando em torno das crianças fazendo com que elas não tenham a experiência do mundo, justamente porque os pais se interpõem entre o mundo e a criança. Elas ficam impedidas de lidar com o risco, com a aventura, com as relações interpessoais, com os problemas da escola, com a dor, com os machucados. Se a criança tem um problema com uma outra criança, os pais se interpõem para resolver a questão, no playground não deixam ela se arriscar a subir mais alto no trepa-trepa. É claro que ninguém quer que o filho quebre um dedo ou receba um ponto, mas são experiências da infância. A criança tem que ter a experiência do risco, do machucadinho e da frustração. Outra coisa muito grave é que para evitar os perigos do mundo, as famílias ficam muito em casa, se expõem pouco à natureza, as praças e as praias. Os riscos desses lugares existem e temos que lidar com eles, pois fazem parte da vida.

3.  Qual o prejuízo real para crianças que não sabem ouvir a palavra “não”? O que vai ser (ou já está sendo) dessa geração sem limites?
Eu já vi criança dormindo às duas da manhã, já vi criança de dois anos que comanda o que tem na geladeira e no armário da despensa. Outras que determinam o programa da família nos fins de semana, se elas não querem sair, ninguém sai. Pais que deixam a criança de 3 anos ficar horas na televisão porque não sabem desligar o aparelho e deixar ela ficar frustrada. Criança que come o biscoito ao invés da comida, que ganha o presente depois de ter se jogado no chão do shopping. Isso tudo causa um prejuízo enorme, tanto na qualidade de vida dessa família, quanto na psiquê, na emocionalidade dessa criança. Ela precisa saber que a sua vida tem limites, que a sua influencia tem limites, que o mundo não gira em função do seu umbigo. Muitos meninos e meninas dessa geração vão levar isso para a vida adulta e não só terão dificuldades de convívio como vão quebrar a cara nos seus ambientes de trabalho e em relacionamentos interpessoais. Porque nem sempre a vida vai acolher esse tipo de onipotência que é resultado de uma educação cheia de falhas nesse sentido.

4.  A culpa que os pais carregam é a grande vilã nessa história?
Eu tenho muito medo da gente restringir a questão à responsabilidade da família. A família é responsável sim, tem que saber lidar com a frustração, o choro, as emoções negativas da criança, tem que saber mostrar a ela que esses momentos passam, que estas situações vão deixar ensinamentos importantes. Os pais sentem culpa porque não estão presentes na vida dela e quando estão juntos querem dar coisas demais. A gente briga com essa história de dar presente, ao invés de dar presença. Muitas vezes o tal “deficit de atenção” é deficit de atenção de pai e mãe que a criança sofre. Mas a gente tem que justamente tomar muito cuidado para não piorar isso dizendo que os pais são os culpados porque o que leva a tudo isso é a vida moderna, é a perda de referências, é a falta de capacidade de aprender com as gerações anteriores, com a experiência dos outros, é a invasão do tempo de trabalho e do tempo de entretenimento no tempo em família, é o vício do smartphones. Tudo isso tem que ser pesado na compreensão desse fenômeno da entronização e da superproteção da infância, a gente não pode restringir a responsabilidade e nem as soluções apenas a nível familiar.

5.  A justificativa sincera de muitos pais é de que eles fazem o melhor que podem, trabalham o dia todo, batalham para dar conforto aos filhos, chegam exaustos em casa. É até mesmo controverso: as pessoas querem ter filhos mas não conseguem ter tempo de conviver com eles. Como resolver este impasse?
As pessoas querem ter filhos e imaginam que tudo vai ser um mar de rosas. Elas têm que ter consciência de que vão ter filhos neste mundo em que vivem: nas grandes cidades, muitas vezes com a falta de presença de familiares, com trabalhos que demandam excessivamente, com transporte que fazem elas chegarem tarde em casa, isso tudo tem que ser incorporado por um casal quando eles planejam filhos. Planejar ter filho é ver o futuro. Claro que a maioria das pessoas não faz isso, a gente quer ter filho, a gente quer reproduzir a nossa própria genética, isso faz parte de um mandato biológico. Mas hoje em dia a gente tem que pensar nas condições de vida que essa criança vai nascer e como nós vamos dedicar o nosso tempo a ela. Isso faz parte da responsabilidade de um casal. É preciso planejar a carreira, o local de trabalho para que a convivência familiar seja maximizada, para que a criança cresça com a presença dos pais, dos avós, tios, primos. Escolher um lugar para morar com natureza por perto. De novo a gente não pode reduzir a solução deste impasse a nível da família, a gente tem que tentar pensar na sociedade como um todo. A sociedade brasileira é insegura, desigual e cheia de problemas e isso influencia nas condições de vida das famílias.

6.  O video americano “Childhood is not a mental disorder” já deu o que falar sobre o uso exagerado de remédios em crianças para controlar “doenças do comportamento”? Você concorda que é preciso ter muito cuidado com os diagnósticos?
Eu gosto muito desse vídeo e ele traz mesmo uma dimensão terrível do que a sociedade está fazendo com a infância. O mercado pressiona a família por soluções fáceis, todo mundo quer resolver os problemas imediatamente. A energia da criança está sendo reprimida. É claro que o comportamento dela vai ser muito afetado por todas as questões que eu já citei, podendo se rebelar, ter insônia, desatenção, brigar na escola, ser impulsiva. Em vez da gente repensar como oferecer a estas crianças uma infância melhor, mais saudável, mais verdadeira, o que o mercado propõe é que elas sejam medicalizadas. A indústria de diagnósticos e de remédios é monstruosa e crescente. No Brasil, a Ritalina é o principal remédio usado para criança. Em 10 anos a venda de Ritalina subiu de 75 mil caixas para 2 milhões de caixas. O Ministério da Saúde agora está estabelecendo uma regulação para a venda do remédio. A gente não pode negar que essas doenças existem, o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é uma doença grave, mas ela atinge um pequeno número de crianças. A grande maioria desses diagnósticos está sendo feita de forma arbitrária, sem critério suficiente, eu diria até perversa. É preciso mudar o comportamento da família ou ir para psicoterapia, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, que são benéficas para este tipo de problemas e poderiam ser tentadas antes e de forma mais eficaz. Porque o remédio vai ter efeitos colaterais, vai rotular esta criança, como o video expõe muito bem, vai colocar na cabecinha dela que ela é apenas um transtorno e não uma criança que tem potencialidades múltiplas e possibilidades infinitas para o seu futuro. Tem a historia de uma mãe que levou a filha ao pediatra porque achava que ela tinha problemas e o pediatra deixou a criança com uma música e saiu da sala por alguns minutos com a mãe. Eles ficaram observando a criança do lado de fora, enquanto ela dançava o tempo todo. E o pediatra disse: “Sua filha não tem um problema, sua filha é uma bailarina, leve-a para uma aula de ballet e vão ser felizes”. Gillian Barbara Pyrke, a menina da historia, se tornou uma famosa coreógrafa da Broadway. Quantos gênios, artistas, cientistas nós não estamos perdendo medicando e rotulando essas crianças?

7.  Quais as suas dicas para criarmos “crianças como crianças”?
Acolher as crianças nas suas emoções. Especialmente as crianças pequenas têm uma racionalidade limitada e uma emocionalidade muito grande. Se ela está com raiva, você pode dizer pra ela “você está com muita raiva”. E mostrar de forma teatral o que está acontecendo com ela, fazê-la entender o sentimento que ela está tendo e dar permissão para ela sentir essas emoções, tanto negativas quanto positivas. Acolher também os desejos: “você quer esse brinquedo, eu sei que você quer muito ele, eu te entendo, mas a mamãe não pode comprar ele agora”. Isso quebra um pouco esse mecanismo da birra. Ter convivência com os nossos filhos, oferecer a eles oportunidades de conversa, de refeições em família, de sair na rua juntos, brincar nos parques, subir no trepa-trepa, ralar o joelho no chão, cair do skate (com capacete!), subir numa árvore, levar um zero, aprender com a frustração: tudo isso é importante para formar uma criança mais feliz e um adulto mais íntegro, preparado para conviver com o outro. Pra saber respeitar o outro a primeira coisa que a criança tem que entender é que ela não é o centro do mundo. Ela é um membro da família e ter relações igualitárias com os outros membros da família vai fazê-la entender que ela vive numa sociedade. Esse é o nosso papel como pais.
Texto publicado no Portal Raizes.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Amar Não É Aceitar Tudo, É Ser Capaz De Dizer ‘Não’ Ao Que Tem Que Ser Recusado.

Amar Não É Aceitar Tudo, É Ser Capaz De Dizer ‘Não’ Ao Que Tem Que Ser Recusado.
#Reflexãopedagógica&psicopedagógica#
Sou forte quando consigo ter uma conduta consciente, em que faço o que faço porque decido o que fazer. Não porque as outras pessoas também o estão fazendo. ...    👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻🎯
Reflexão com o melhor filósofo: Mário Sérgio Cortella.

Uma das coisas que mais fiz como educador de meus filhos foi tirar o encanto da droga ilegal, para impedir ou dificultar que tivessem acesso a esse tipo de prazer – porque é óbvio que é prazeroso, senão ninguém iria atrás dele. Não é bom fazer uso dessas substâncias, não é encantador. Uma pessoa que usa droga é fraca, pois não detém força suficiente para se defender daquilo. Eu não sou forte quando me comporto como a manada.

...  Esse comportamento mimético(que imita), simiesco (parecido com macacos), em relação a algumas práticas é sinal de fraqueza e de pusilanimidade (fraqueza de ânimo).
Esse comportamento mimético(fraqueza de ânimo).

Aceita-se hoje, com a maior facilidade, o que chamo de ética da conveniência. “Bom é tudo aquilo que me favorece. O que não me favorece considero ruim”. Em vez de termos valores de conveniência que sejam sólidos, menos superficiais, portanto, menos cínicos, há uma hipocrisia que leva a esquecer que ética não é cosmética. Não é efeito de fachada.
Nessa hora, costumo lembrar um alerta valioso feito pelo Corpo de Bombeiros: nenhum incêndio começa grande, e sim com uma faísca, uma fagulha, um disparo. Isso se aplica ao campo da ética. O apodrecimento dos valores éticos positivos se inicia também com pequenos delitos, infrações, aceitações, conivências.
A expressão ‘o amor aceita tudo’ é absolutamente antiética e antipedagógica. A pessoa que seja capaz de amar é aquela que recusa aquilo que faz mal, por isso um pai e uma mãe não pode jamais dizer ao filho ‘é porque eu te amo, então tudo aceito’. É exatamente o inverso: porque eu te amo é que eu não quero que você use drogas ilegais; é porque eu te amo que eu quero que você seja decente; é porque te amo que eu não quero que você banalize a sua sexualidade livre e bonita; é porque eu te amo que eu quero que você tenha esforço na sua produção e é porque você me ama que eu quero que você, meu filho, minha filha, me adverte, também me apoia, também me corrija naquilo que eu estiver equivocado. Essa relação de cuidado mútuo, só nos faz crescer. Por isso esse exemplo do cotidiano tem que aparecer como sendo a recusa com qualquer situação. A ética do amor não é a ética da conveniência em que as coisas valem a partir de qualquer momento, mas uma ética que é capaz, também de dizer ’não’ ao que tem que ser recusado.

Texto extraído do livro Educação, convivência e ética: audácia e esperança, Cortez Editora, 2015, páginas 76/77.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Não fico mais com raiva: só olho, penso e me afasto.

Não fico mais com raiva: só olho, penso e me afasto.

Por Revista Pazes -junho 24, 2016


Para ter força para lidar com situações complicadas devemos aprender a tomar uma certa distância emocional, a questionar o que se apresenta para nós e a pensar antes de tomar qualquer decisão. Como com tudo na vida, para aprender isso é necessário tempo e experiência, muita experiência.

Assim, podemos dizer que a distância emocional é uma regra implícita que nos permite ver e sentir as coisas de uma outra maneira, pois damos tempo para que as emoções como a raiva percam força e podemos então entender melhor nossos sentimentos, os quais nos permitem compreender com mais clareza o que pensamos e como queremos realmente agir.

Ou seja, fazer isso, se distanciar, serve para lidar melhor com nossas emoções e assim conseguir coerência entre nossas opiniões e nossas ações sobre um tema determinado, como por exemplo as atitudes de uma pessoa

Como se distanciar emocionalmente de uma situação?

Agora, como fazer isso? Como se distanciar emocionalmente de uma situação? Essa resposta não tem uma fórmula mágica, pois depende de muitos fatores pessoais e circunstanciais, assim como fatores relacionais.

Há pessoas às quais damos enorme importância, e nos distanciarmos das emoções que temos quando estamos com elas é, sem dúvida, uma das tarefas mais complicadas que temos que concluir na hora de montar o quebra-cabeça para compreender o que está acontecendo.

Mesmo assim, e mesmo considerando que não temos uma receita perfeita que nos leve a tomar a distância ideal do melhor modo possível, podemos destacar a maior parte dos ingredientes que acabam nos faltando para conseguirmos nos distanciar emocionalmente nas situações mais difíceis para nós.

Conforme já falamos, é indispensável que respeitemos o tempo, pois tempo é necessário para vermos mais nitidamente nossas emoções. Metaforicamente, podemos ilustrar essa questão com as cores dos semáforos: vermelho, amarelo e verde.

Diante de uma afronta, provavelmente a luz amarela pisca para rapidamente passar ao vermelho. Ou seja, quando somos invadidos, por exemplo, pela raiva, pela tristeza, pela alegria ou por qualquer outra emoção, nosso semáforo rapidamente se torna vermelho, e nesse momento não devemos tomar decisões.

Com o semáforo vermelho devemos frear nossa reação emocional e esperar um tempo para compreender exatamente o que pensamos, sentimos e o que vamos fazer.

Observe, olhe e afaste-se se for necessário, mas não tome decisões permanentes a partir de emoções que são temporárias, ainda que tenha vontade de dizer muitas coisas em determinadas situações ou de gritar, você pode se manchar para sempre. Dê tempo para que suas emoções se estabilizem novamente, vá dar um passeio, pinte um desenho ou deixe passar uns dias antes de decidir e lidar com a situação ou pessoa que te irritou ou entristeceu.

Quando o tempo passa algumas coisas simplesmente deixam de ter importância, e alguns detalhes que antes eram angustiantes passam a ser amenidades que relativizamos e aceitamos como inerentes às circunstâncias.
Digamos que é graças ao tempo que nos afastamos e deixamos de reagir com intensidade emocional, evitando gerar decepções, expectativas e traições. Conseguir, enfim, não ser controlado por nossas emoções é possível, mas é uma habilidade que se aprende somente com a prática.meditacao-cubos

A bússola interna, um grande benefício ganho com a distância emocional

No momento em que conseguimos criar uma distância emocional perante uma situação, podemos escutar o que diz a nossa bússola interna que nos dá intuições sobre o que está bem e o que está mal. Essas intuições muitas vezes são certas, posto que se baseiam nos nossos sentimentos, muito mais duradouros que nossas emoções.

Então, as decisões que tomamos a respeito dos demais e do que aconteceu serão muito melhores e mais coerentes com o que sentimos e pensamos verdadeiramente. Aqui podemos saber o que merece atenção e o que pode ser ignorado, fomentando um sentimento bom e impedindo que soframos por aquelas coisas que não podemos controlar.

Resumidamente, é muito importante que diante de situações complicadas ou com muita carga e intensidade emocional criemos uma distância, pois assim teremos sucesso em ver que os aspectos mais passageiros de nossas emoções nos confundem, e então não nos arrependeremos de agir de uma ou outra forma.